Piracicaba, 17 – Os envios de melão da safra 2017/18 do Rio Grande do Norte/Ceará se iniciaram em agosto. No primeiro mês, os embarques foram positivos, devido à finalização antecipada da safra espanhola. Como é de conhecimento, a União Europeia é o principal comprador da fruta brasileira, sendo que na entressafra do Brasil, o principal exportador ao bloco é a Espanha, que ainda apresenta ganhos logísticos por conta da proximidade com os países consumidores.
Contudo, como as intempéries climáticas adiantaram a colheita espanhola, resultando em saída prematura do mercado, o Brasil teve grandes volumes enviados ao continente neste período. Além da Espanha, países produtores como a Itália, a Hungria e a França também deixaram o mercado, favorecendo as exportações brasileiras. Assim, de acordo com a Secex, no primeiro mês (agosto) foram embarcadas 9,8 mil toneladas ao bloco europeu, alta de 21% frente ao mês de agosto de 2016.
Posteriormente, apesar de os embarques geralmente aumentarem em setembro, devido à menor oferta do melão no continente europeu, a exportação da fruta recuou em comparação com o ano passado. De acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, esta redução pode ter sido influenciada pelo menor volume produzido no Rio Grande do Norte/Ceará neste ano.
Nesta região, a produtividade tem sido limitada por conta da crise hídrica e da aparição antecipada da mosca minadora, afetando os envios, principalmente, para a União Europeia. Com isso, apesar de o início da safra 2017/18 ter sido positivo em termos de volume, o Brasil exportou 30,8 mil toneladas de melão ao bloco em setembro, baixa de 20% frente ao mesmo período de 2016, segundo a Secex.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex