A recuperação do preço da tommy na semana passada foi passageira. Nesta semana (de 24 a 28 de outubro), a fruta voltou a se desvalorizar nas regiões produtoras, e os preços baixos podem ter sido reflexo, sobretudo, do alto volume da variedade no Vale do São Francisco. Segundo agentes de Petrolina (PE)/Juazeiro (BA) consultados pelo Hortifruti/Cepea, o fim das importações norte-americanas foi decisivo para que houvesse um desequilíbrio no mercado interno. Para eles, a demanda brasileira não é suficiente para sustentar os preços, que caem devido à alta oferta. Outro fator que influencia na concentração da fruta no País é a baixa receptividade das variedades fibrosas pela Europa, que oferece preços baixos aos produtores, forçando-os a interromper as comercializações. Além disso, muitos colaboradores afirmam que grande parte dos produtores manteve os frutos no campo, com esperança de colheita em momento mais favorável. Pesou ainda a maturação além da ideal, pressionando ainda mais os negócios. Isso foi confirmado por agentes da Ceagesp, que afirmaram o recebimento de frutas muito maduras.
Fonte: Hortifruti/Cepea