A classe C encolheu mais. De 2014 a 2018, a empresa de consultoria Tendências estima que 5,21 milhões de famílias deverão sair da Classe C e voltar para a base da pirâmide social (classes D e E). Não só a classe média, mas as mais altas também estão retraindo.
A Hortifruti Brasil já tinha abordado o assunto na Matéria de Capa da edição de abril deste ano (nº 155, disponível aqui). Na edição, citamos que a crise econômica brasileira mandou de volta muitos brasileiros da classe C para a D já em 2015 – até o final do ano passado, 3,7 milhões de pessoas já tinham migrado de classe social.
Este cenário reverte toda a expansão que a classe C teve de 2006 até 2013. Nesse período, o consumo no Brasil de alimentos e de outros serviços teve um crescimento acelerado. Com as frutas e hortaliças não foi diferente e pegaram carona com o “boom do consumo”.
E como fica o setor de HF com essa retração das classes de renda mais altas? O consumo de frutas e hortaliças pode ser prejudicado, isso porque as classes A, B e C são as potenciais consumidoras de HF – a D e a E consumem pouco e apenas hortifrútis mais básicos. O que nos resta agora é esperar pela retomada da economia brasileira nos próximos anos para que a classe C e o consumo voltem a crescer.