Piracicaba, 02 – O início de agosto foi marcado por baixa oferta de alface, principalmente nas roças paulistas (Mogi das Cruzes e Ibiúna), por conta das geadas de julho, que causaram perdas nas lavouras. Porém, com a renda da população limitada e o clima frio na primeira metade do mês, a saída das folhosas não apresentou melhora, impedindo maiores valorizações. Juntamente a este fator, na segunda quinzena, o aumento das temperaturas acelerou o crescimento dos pés, causando acúmulo de mercadorias.
Mesmo diante deste cenário, devido aos altos custos de produção, as desvalorizações não foram expressivas ao produtor – e agosto se encerrou com acréscimos significativos nos valores frente a julho. Desta forma, a região de Mogi registrou alta de 28,4% para a crespa, à média de R$ 0,91/unidade, enquanto em Ibiúna a variedade teve aumento de 30,2%, finalizando a R$ 0,68/unidade.
Por outro lado, na Ceagesp, atacadistas apontam que a demanda de bares e restaurantes, que tiveram o funcionamento estendido no decorrer de agosto, ainda é tímida. Assim, os boxes registraram sobras em alguns períodos, especialmente na segunda metade do mês, com o clima quente elevando a oferta e restringindo possíveis aumentos nos valores. Assim, a crespa, no atacado, se manteve a R$ 0,71/unidade, praticamente no mesmo patamar do mês anterior.
Com a proximidade da primavera, a primeira quinzena de setembro deve ser marcada por altas temperaturas e tempo seco. Segundo informações da Climatempo, há previsão de chuva para a segunda metade do mês, as quais devem atingir os níveis da média climatológica, deixando o clima abafado – exceto no sul de SP. Assim, com o calor, a procura pela folhosa pode ser favorecida no mês em que se iniciam os preparativos para o plantio de verão.
Fonte: hfbrasil.org.br