Piracicaba, 21 - A temporada de inverno/2024, desde o seu início, foi de dificuldades aos produtores de alface em decorrência dos preços baixos praticados no mercado. O clima foi seco em quase todo o período da safra, o que favoreceu significativamente a produtividade. Porém, o excesso de oferta culminou em intensos descartes e necessidade de gradeamento em muitas roças. Além disso, colaboradores do Hortifrúti/Cepea relataram que o consumo no período foi bastante restrito, comportamento considerado normal no inverno inverno. Porém, a saída das alfaces permaneceu restrita mesmo em momentos de elevadas temperaturas, condição que favoreceria as vendas. Segundo a Climatempo, entre julho e outubro, registrou-se nove ondas de calor no Brasil, sendo o mês de outubro de 2024 o segundo mais quente da história.
Mas tudo indica que o jogo está começando a virar aos produtores de alface. Basicamente, a retomada gradual do volume de chuvas neste mês de novembro tem reduzido o volume ofertado nas roças e, consequentemente, favorecendo o incremento nas cotações. Na parcial do mês (entre os dias 1º e 15/11), os preços da alface americana já subiram quase 150% na Ceagesp em comparação com a média de outubro. No caso da crespa, a alta foi ainda mais expressiva: 171% na mesma comparação. A entrada mais reduzida das alfaces no atacado reflete justamente às produções mais controladas no cinturão verde paulista, que têm se reduzido semana após semana.
De acordo com a The Weather Channel, o acumulado de chuvas entre os dias 1º e 20 deste mês foram de 260 mm em Ibiúna (SP). Em Mogi das Cruzes (SP), a soma do volume pluviométrico no mesmo período foi de mais de 150 mm. E há previsões de continuidade das chuvas nos próximos dias.
Fonte: Hfbrasil.org.br