Piracicaba, 26 - A situação dos produtores de alface do estado de São Paulo tem se agravado semana após semana. Em geral, o alto volume, que tem gerado sobras e pressionado as cotações, tem deixado a maior parte deles no vermelho.
A gangorra das temperaturas (ora calor, ora ameno) unida ao tempo seco tem afetado tanto a qualidade dos pés, quanto o consumo – que, segundo os colaboradores do Hortifrúti/Cepea, está atípico para o período.
As máximas têm chegado aos 35ºC em Mogi das Cruzes e em Ibiúna (SP), ocasionando diversos problemas na roça, como: bacterioses, queima de borda e pendoamento. Ainda que um breve volume de chuvas tenha acometido as regiões na metade deste mês, a escassez hídrica é preocupante e os custos produtivos (justamente pela irrigação) estão subindo.
A demanda pela alface também está aquém do esperado. Mesmo que os produtores estejam reduzindo o seu ritmo de plantio, as sobras têm sido uma realidade e os descartes muito recorrentes – até há necessidade de gradeamento de consideráveis áreas produtivas. As queixas não se mostram distintas no mercado atacadista. O cenário está desanimador, com frequentes sobras nos boxes.
Fonte: Hfbrasil.org.br