O mercado de lima ácida tahiti está atípico neste ano. Em boa parte do primeiro semestre, quando geralmente os preços costumam cair, a fruta foi negociada a patamares recordes no mercado paulista. Já no mês de junho, período marcado por valores elevados, os preços da tahiti recuaram com força. Todo esse cenário foi influenciado pelo clima adverso. Inicialmente, a perspectiva de colaboradores do Hortifruti/Cepea era de que a cotação da tahiti se mantivesse firme em junho, com expectativa de queda apenas em julho, agosto e setembro, fundamentados no volume de fruta nas plantas. Contudo, o frio intenso e as chuvas parciais em junho aceleraram o “amarelamento” da tahiti. Em Itajobi (SP), o volume de chuva somou 81,1 mm até o dia 28 de junho, mais que o dobro da média para esta cidade. Com isso, muitos produtores adiantaram a colheita neste mês, o que resultou em fortes quedas nos preços da fruta no período. Em junho, o valor médio da lima ácida tahiti foi de R$ 30,65/cx de 27 kg, colhida, significativo recuo de 49,2% em relação ao mês anterior. Nos últimos dias, no entanto, muitos produtores já interromperam a colheita e a comercialização, o que controlou a oferta e voltou a sustentar os valores da fruta em muitas regiões paulistas. A fruta de maior calibre (com padrão para exportação), inclusive, chegou a se valorizar com mais intensidade. Nesta semana (de 27 de junho a 1° de julho), a média da tahiti subiu 17% em relação à da semana passada, a R$ 29,62/cx de 27 kg.
Fonte: Hortifruti/Cepea