Piracicaba, 12 – Março se iniciou com chuvas intensas em diversas regiões produtoras de banana do Brasil, principalmente no semiárido – onde as precipitações costumam ser mais escassas. No Norte de Minas Gerais, por exemplo, a distribuição pluviométrica foi irregular, chovendo mais em alguns municípios do que em outros. Mas, no geral, pode-se observar que parte das estradas da região está alagada ou intransitável, o que prejudica o acesso às roças e, consequentemente, o escoamento da produção.
Apesar de a cultura da banana necessitar de bastante água, o excesso de umidade pode causar diversos distrurbios fisiológicos na planta, principalmente em propriedades que não possuem sistema adequado de drenagem, solos argilosos ou compactados. Assim, particulamente em Jaíba (MG), onde as chuvas foram mais volumosas, houve relatos de alagamento e até perda de parte dos bananais. Isso ocorre, muitas vezes, porque a maior parcela do sistema radicular da bananeira se concentra nos primeiros 50 centímetros de profundidade e um acúmulo de água nesse perímetro pode afetar a concentração de oxigênio no solo, resultando em apodrecimento do sistema radicular, que adquire coloração cinza-azulada.
Outra região que tem sido atingida por elevados volumes de chuva é Bom Jesus da Lapa (BA), mas produtores locais não têm relatado grandes problemas. Porém, a permanência da umidade preocupa, já que, por longos períodos, pode impulsionar o desenvolvimento e a disseminação de doenças fúngicas.
Fonte: hfbrasil.org.br e Inmet