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Piracicaba, 19 – A Colômbia recebeu, no início deste mês, autorização sanitária da Senasa (Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar da Argentina) para
exportar bananas ao mercado argentino – fato que pode acirrar ainda mais a concorrência brasileira por este mercado e
afetar os envios nacionais. Segundo o presidente da Associação dos Bananicultores da Colômbia (Augura), Juan Camilo Restrepo Gomez, houve aumento de 4,9% nas exportações colombianas em 2017 frente a 2016, totalizando 98 milhões de caixas e movimentando U$S 850 milhões. As crescentes produtividade e área são os fatores responsáveis pela alta das exportações colombianas: no ano passado, houve aumento de área de 4,3% frente ao período anterior, totalizando 49.307 hectares, com produtividade média de 2.264 caixas/ha.
A entrada da banana colombiana na Argentina pode significar uma queda ainda maior na participação do Brasil neste mercado: nos últimos 10 anos, os volumes exportados caíram em 51% para o país vizinho, segundo dados da Secex. Tal baixa nas exportações no longo prazo pode ser explicada pelo crescimento da bananicultura nos países concorrentes (Equador e Paraguai), que também podem se prejudicar com o fortalecimento da Colômbia, que até então visava os mercados da Bélgica, Reino Unido e Estados Unidos.
Além da licença para envios de banana – que ocorreu após a verificação da segurança fitossanitária das frutas contra pragas e doenças, incluindo Mycosphaerella fijiensis, fungo responsável pela Sigatoka negra, a Colômbia recebeu da Senasa o aval para enviar abacaxi e, em troca, irá importar frutas cítricas e alho da Argentina. Segundo Maria Lorena Gutierrez, do ICA (Instituto Agronômico da Colômbia), o país visa diversificar ainda mais as exportações, explorando novos mercados e culturas, como o abacate Hass e a pitaia.
Fonte: Fresh Plaza e Fruit Net
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