Piracicaba, 10 – Em agosto, as exportações brasileiras de banana ao Mercosul recuaram 42% em volume frente a julho, totalizando apenas 3,9 mil toneladas, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex). O ocorrido pode estar relacionado ao clima mais frio nos principais estados exportadores, como Santa Catarina, o que acabou afetando a produção e a qualidade no período – vale lembrar que o estado catarinense foi, anteriormente, afetado pela passagem de um ciclone extratropical.
Porém, mesmo com essa queda em comparação com o mês anterior, a quantidade enviada ao bloco sul-americano foi 43% maior frente a agosto/19. Agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea relataram que este cenário se deve a três fatores: às condições adversas à produção em alguns países concorrentes, como Bolívia e Paraguai – que atuam principalmente no mercado argentino, tornando-o mais atrativo–, à encomenda de bananas de outras localidades por alguns produtores e/ou distribuidores de SC e ao aumento dos envios por parte de outros estados brasileiros.
Destaca-se que, no último mês, enquanto o volume exportado por Santa Catarina ao Mercosul recuou 13% frente a agosto/19, houve aumento de 409% dos envios de São Paulo, 283% nos do Rio Grande do Sul e 220% nos do Paraná, na mesma comparação.
UNIÃO EUROPEIA – Diferentemente do Mercosul, que tem se mostrado como uma ótima alternativa ao escoamento da banana nacional, as exportações à União Europeia têm deixado a desejar. Em agosto, os embarques da fruta ao bloco europeu recuaram 21% em volume frente a julho/20 e 5% em relação a agosto/19, somando apenas 382 toneladas, segundo a Secex – sendo que 84% dessa quantidade se destinou à Espanha.
Contudo, agentes relataram que a queda nos envios já era esperada, devido à redução no volume de contratos internacionais e da demanda interna por frutas de boa qualidade, o que tem favorecido o comércio doméstico das bananas do Rio Grande do Norte/Ceará.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex