Piracicaba, 27 – As exportações brasileiras de banana continuaram avançando no primeiro semestre de 2021. Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume enviado foi de 56 mil toneladas, quantidade 5% maior que a do mesmo período do ano passado. Já a receita, em dólar, foi de US$ 18 milhões, valor 19% superior na mesma comparação.
Segundo agentes consultados pelo Hortifruti/Cepea, isso ocorreu porque, além da demanda positiva, o dólar valorizado frente ao Real garantiu bons retornos financeiros. Assim, diante do mercado doméstico enfraquecido, alguns produtores têm olhado o mercado externo com outros olhos. Confira, abaixo, os resultados das exportações para os principais destinos da fruta brasileira:
MERCOSUL – As exportações de banana ao bloco totalizaram 39,7 mil toneladas no 1º semestre/21, quantidade 2% maior que a do ano passado. Já a receita, em dólar, foi de US$ 11,9 milhões (FOB), 29% superior na mesma comparação (Secex). No geral, houve boa demanda por parte da Argentina e do Uruguai, o que, juntamente com o menor volume disponível nos concorrentes em alguns meses, impulsionaram os preços médios de exportação em dólar.
UNIÃO EUROPEIA – Os envios ao bloco aumentaram 10% em volume, totalizando 10 mil toneladas. Por outro lado, a receita recuou 4%, somando US$ 3,4 milhões (FOB), também conforme a Secex. Este cenário se deve aos preços baixos da nanica no mercado interno no período e ao dólar valorizado frente ao Real, que fizeram com que os produtores optassem por exportar via spot.
Para os próximos meses, os embarques brasileiros de banana podem recuar para ambos os blocos, devido à menor oferta nacional de nanica. Vale ressaltar que os impactos das baixíssimas temperaturas atuais ainda não foram totalmente mensurados, mas devem refletir diretamente no volume ofertado daqui para a frente.
Fonte: hfbrasil.org.br e Secex