Piracicaba, 02 – No primeiro semestre de 2018, a produtividade da banana prata declarada por colaboradores do Hortifruti/Cepea foi 5% menor que a do mesmo período do ano passado, na média das principais regiões produtoras da variedade – Norte de Minas Gerais, Delfinópolis (MG) e Bom Jesus da Lapa (BA). Dessa forma, com a menor oferta, eram esperadas cotações maiores no período.
No entanto, a variedade foi comercializada à média de R$ 1,61/kg na primeira metade do ano, valor 11% inferior ao dos mesmos meses de 2017 – para as três regiões. Um dos motivos pode ser a menor qualidade, por conta da crise hídrica no semiárido.
A banana prata do Norte de Minas Gerais, por sua vez, registrou cotações 14% menores na mesma comparação – com média de R$ 1,56/kg. Considerando-se o mês de julho, a média da parcial de 2018 (R$ 1,50/kg nas três regiões) também foi 11% menor que a de janeiro-julho de 2017 – esse valor esteve, ainda, 6% abaixo da média dos últimos cinco anos (2013-2017).
A tendência, a partir de agosto, é de maior oferta no Norte de Minas, já que deve se intensificar o período típico de safra – o maior ritmo de colheita deve se estender até outubro. Porém, com a crise hídrica na região, produtores temem que ocorram problemas com a produtividade e qualidade, que podem ficar inferiores às do ano passado. Neste cenário, o preço tende a cair neste e nos próximos dois meses.
Além disso, a rentabilidade tende a se manter menor que a do ano passado – já que os custos estão maiores devido, principalmente, aos gastos com insumos (por conta das altas do dólar e do frete). Em 2017, os preços da banana prata fecharam 59% acima dos custos de produção, na média das três principais regiões.
Fonte: hfbrasil.org.br