Piracicaba, 11 – No mês de julho, o preço da batata lavada tipo ágata teve média de R$ 48,48/saca de 25 kg (ponderado pela classificação) na média das lavadoras do País, 20,5% abaixo de junho/22. Além do grande volume ainda ofertado por algumas regiões produtoras da safra das secas, houve avanço da colheita nas praças de inverno, o que aumentou a oferta nacional. Somado a isso, o clima predominantemente quente e seco aumentou os problemas fitossanitários, resultando em variação na produtividade e qualidade dos tubérculos – este último fator também impactou em menores preços de comercialização.
Em Vargem Grande do Sul (SP), a produtividade média ficou entre 30 e 35 t/ha, abaixo do esperado. Uma das principais razões está associada à forte pressão de murcha de verticillium, doença que, de acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, foi favorecida pelo clima mais quente durante a maior parte do ciclo. No Sudoeste Paulista (SP) a presença de pragas como a traça, larva-alfinete e vaquinha também prejudicou a qualidade, gerando uma redução de cerca de 10% na produtividade das áreas mais afetadas.
Na Chapada Diamantina (BA), os maiores empecilhos são pragas, como mosca minadora e traça. No entanto, o rendimento é bom, entre 45 e 50 t/ha, com as áreas mais afetadas apresentando produtividade até 30% menor. Em Cristalina (GO), houve relatos de vaquinha e sarna, porém em níveis controlados, permitindo boa qualidade, e produtividade com média entre 45 e 50 t/ha.
As lavouras do Sul e do Triângulo Mineiro não apresentam nenhuma incidência expressiva de pragas ou doenças, o que vem garantindo boa qualidade das batatas, e produtividade média que varia de 35 a 40 t/ha.
Para agosto, a expectativa é de que a oferta permaneça elevada, já que o pico de colheita da maioria das praças produtoras de inverno ocorre nesse mês.
Fonte: hfbrasil.org.br