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Piracicaba, 19 – Na parcial de janeiro (1° a 18/01), os preços da saca de 25 kg da batata lavada tipo ágata estão em R$ 47,67 (ponderados pela classificação) na média das lavadoras do País, valor 68,8% acima do de dezembro/21, que ficou em R$ 28,23. E esta valorização ocorre por diversos motivos.
Um deles é o final da colheita da safra de inverno – a qual, nesta última temporada, teve sua oferta atipicamente atrasada até o início de janeiro, mantendo um volume bastante significativo do produto no mercado em dezembro. Além disso, chuvas vêm atrasando a colheita e, consequentemente, reduzindo a oferta no mercado, além de a produtividade estar sendo afetada em algumas regiões, devido aos problemas climáticos.
A última praça a encerrar a safra de inverno nesse início de janeiro foi a Sudoeste Paulista, com parte das lavouras apresentando problemas como canela-preta e larva-alfinete – cenário que prejudicou a qualidade das batatas e os valores de negociação. Na Chapada diamantina (BA), por sua vez, foram relatados problemas de escurecimento na pele dos tubérculos e redução no calibre, atribuídos ao excesso de chuva.
Nas praças de Guarapuava e Contenda (PR), colaboradores do Hortifruti/Cepea relataram escurecimento dos produtos, ocasionado pelo calor e pela falta de chuva. No Cerrado e Sul mineiros, a colheita está atrasada por conta das precipitações – ainda na segunda região, o excesso de umidade tem prejudicado a produtividade e a qualidade dos tubérculos, os quais apresentam maior incidência de doenças bacterianas como canela-preta, além de nematoides (pratylenchus) e problemas como lenticelose.
Por fim, em Araxá e Perdizes (MG), foi observada uma maior incidência de pinta-preta e requeima, gerando descarte e aumentando a quantidade de batatas de classificação diversa no mercado, por conta da baixa qualidade.
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Fonte: hfbrasil.org.br
