Piracicaba, 04 – No mês de março, o preço da batata lavada tipo ágata (ponderado por classificação) teve média de R$ 68,30/sc de 25 kg nas lavadoras do País, 11,3% acima da média de fevereiro.
A alta nas cotações é decorrente da redução na oferta nacional, já que o ritmo das atividades da safra das águas diminuiu, se encerrando no fim do mês. Além disso, chuvas atrapalharam a colheita em alguns momentos, e a produtividade continuou com problemas em algumas praças. Com relação à qualidade, houve prejuízos devido ao clima, mas isso não foi suficiente para impedir a alta nos preços, já que a baixa oferta prevaleceu.
Em Guarapuava (PR), o clima quente, abafado e com chuvas esparsas interferiu na qualidade dos tubérculos, sobretudo no escurecimento da pele. Além disso, as condições climáticas aumentaram a incidência de doenças (como requeima e pinta preta) e pragas (como larva-alfinete, traça e mosca-minadora, ambas com controle efetivo).
Nas praças do Sul de Minas (MG), a oferta se reduziu expressivamente ao longo do mês, devido ao fim da temporada das águas. Por conta da exposição ao calor, as últimas áreas colhidas também apresentaram problemas de escurecimento da pele. No Cerrado Mineiro (MG), a oferta se reduziu nas praças de Uberaba e Araxá, e devido à oscilação entre o calor e as chuvas, o desenvolvimento das batatas foi prejudicado.
Em Água Doce (SC), as oscilações das condições climáticas foram um dos principais problemas enfrentados pelos produtores. O calor também aumentou a incidência de pragas (como larva-alfinete, mosca-minadora e tripes), enquanto que as precipitações facilitaram a ocorrência de requeima. Além disso, as chuvas ocorridas no Sul do País nas últimas semanas de março impactaram fortemente na oferta de tubérculos na região. Já na Chapada Diamantina (BA), a qualidade dos tubérculos se manteve boa, apenas com algumas áreas apresentando incidência de mosca-minadora, mas com bom controle.
Fonte: hfbrasil.org.br