Piracicaba, 09 – Nestes primeiros dias de agosto (1° a 06/08), os preços da batata lavada tipo ágata estão em R$ 91,11 (ponderados pela classificação), na média das lavadoras do País, valor 69,6% acima do de julho/21 – que ficou em R$ 53,70 (também ponderado pela classificação). A alta veio como resultado das recentes geadas, que afetaram a maioria das praças produtoras. Embora ainda não seja possível dimensionar as perdas com exatidão, colaboradores do Hortifruti/Cepea já se arriscam em quantificá-las.
Na região de Perdizes (MG) – que concentra boa parte da produção do Cerrado Mineiro em que é colhida a safra de inverno –, as perdas são estimadas entre 10% e 15% do total das lavouras em desenvolvimento, com maior dano referente às geadas da semana de 19 a 23/07. Em outros municípios do Cerrado de MG, as estimativas são ainda maiores: em torno de 30%. Além disso, produtores têm observado maior incidência de tripes nos tubérculos, o que pode acabar afetando ainda mais a produtividade em agosto e setembro.
As áreas de produção do Sudoeste Paulista, por sua vez, foram severamente afetadas pelas geadas de julho. E, com isso, as perdas são maiores do que em outras regiões, previstas entre 30% e 50%. Já em Vargem Grande do Sul (SP), elas se aproximam de 35%. Nas regiões paulistas, as precipitações dos últimos dias, associadas ao clima frio, estão exigindo maiores níveis de pulverização – com fungicidas sistêmicos para o controle de requeima, já que o patógeno tem seu desenvolvimento favorecido pela umidade elevada e pelas baixas temperaturas.
Por fim, no Sul de Minas, ainda não foi possível mensurar os prejuízos referentes à geada ocorrida entre os dias 29 e 30/07, mas o fenômeno registrado em julho resultou em perdas estimadas em 30%. Assim, o maior impacto na produção deve ocorrer entre a segunda quinzena deste mês até o início de outubro.
Fonte: hfbrasil.org.br