Piracicaba, 15 – Em março, o preço médio da batata lavada tipo ágata, ponderado pela classificação, de R$ 72,60/sc, superou em 16% o de fevereiro (de R$ 62,40/sc), devido à menor oferta do tubérculo nas regiões acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea. Apesar da alta, os problemas de produção e de queda na demanda na segunda quinzena do mês (por conta da quarentena), fizeram com que a receita média ficasse próxima aos custos de produção – a queda na produtividade acabou aumentando o custo unitário em 21% (totalizando R$ 72,05/sc).
De forma geral, as lavouras do Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste registraram excesso de chuvas durante o desenvolvimento e a colheita, aumentando também os problemas com doenças e reduzindo a qualidade dos tubérculos. Já no Sul, foi a estiagem que comprometeu as lavouras, facilitando a incidência de pragas. Diante deste cenário, a produtividade média de março foi de 28,75 t/ha, queda de 21% se comparada à do mês anterior (36,7 t/ha).
Mesmo com o resultado não tão animador, houve variação da rentabilidade entre as regiões – principalmente devido à qualidade das batatas, cujos melhores produtos geraram maiores retornos. Em Água Doce (SC), a rentabilidade média, em março, foi 86% positiva, enquanto no Triângulo Mineiro, 25% negativa.
Apesar da queda brusca da demanda por batata na segunda quinzena do mês passado, a oferta também teve forte recuo, resultando em alta dos preços: a ágata especial beneficiada se valorizou em 33% na segunda quinzena de março (a R$ 71,85/sc) frente à primeira (a R$ 96,12/sc).
Fonte: hfbrasil.org.br