Piracicaba, 22 – Na parcial da safra das águas (dezembro/19 a 20 de janeiro/20), os preços médios da batata, ponderados pela classificação (R$ 65,00/sc de 50 kg), superaram em 40% os custos médios de produção estimados em dezembro (R$ 46,00/sc) e ficaram muito próximos à média do mesmo período do ano passado. O motivo é que a área da safra das águas praticamente se manteve, já que a oferta da batata semente esteve limitada e os lucros de 2019 foram destinados ao pagamento das dívidas de anos anteriores.
Mas, apesar da rentabilidade média positiva, houve discrepância entre os rendimentos dos talhões, uma vez que alguns tiveram quebras de safra ou problemas com qualidade – causados por granizo, temperaturas elevadas, excesso ou falta de chuvas. De maneira geral, as lavouras do Paraná e de Santa Catarina foram favorecidas pelo menor volume de precipitações – registrando, em dezembro/19, produtividades médias 10% e 7% superiores às de dezembro/18, respectivamente.
No Sul de Minas e Triângulo Mineiro, apesar de a qualidade inferior comprometer a comercialização, as produtividades foram 6% e 17% superiores no mesmo comparativo, já que o clima esteve menos severo no desenvolvimento frente a 2018. Contudo, uma grande amplitude de preços tem sido observada na safra, causada por problemas de qualidade (pele, calibre, coloração e shelf life), principalmente dos tubérculos mineiros – situação que ocorre tipicamente no verão, devido ao clima quente e chuvoso.
Assim, para os produtores que comercializam batatas de boa qualidade, a rentabilidade tem sido positiva. Por outro lado, as batatas com menor qualidade têm gerado prejuízos.
Fonte: hfbrasil.org.br