A saída do Reino Unido da União Europeia, chamada de “Brexit”, pode acarretar em mudança para as exportações brasileiras de frutas? Ainda não se sabe ao certo, mas mudanças podem, sim, vir pela frente. Com a saída do bloco europeu, o Reino Unido terá que formalizar acordos e definir regras de importações.
A transição para o Reino Unido deixar a União Europeia vai levar algum tempo, potencialmente, dois anos e, portanto, é provável que não haverá mudanças imediatas aos requisitos regulamentares para importações e exportações.
Mas caso a “Brexit” se concretize, exportadores brasileiros (e de outros países “não europeus”) poderiam se beneficiar de algumas pautas (que podem ser discutidas logo que o processo for finalizado), como:
Um fator positivo é que o Reino Unido não produz em elevada escala certas frutas que o Brasil exporta para lá, mas que outros países da União Europeia produzem, o que faciltaria um acordo com os brasileiros. Além disso, os países do Reino Unido são menos protecionistas do que os outros membros da UE.
Deve-se destacar, ainda, que não sendo mais membro do bloco europeu, o Reino Unido poderá pagar taxas nas importações da UE, o que tornaria as frutas brasileiras mais competitivas.
Da pauta da exportação do Brasil, a fruta que o Reino Unido mais produz é a maçã, mas ainda assim em volume insuficiente para abastecer o mercado interno, já que a balança comercial da fruta é negativa (importam mais do que exportam), segundo dados da FAO.
Fonte: Hortifruti/Cepea