Piracicaba, 31 – Em agosto, o mercado de cebola reagiu frente a julho, com as cotações nacionais fechando, em média, 16% superiores às do mês anterior. Esta reação é reflexo da tentativa dos produtores de "segurar" a comercialização para elevar os preços – que estavam em níveis abaixo dos custos –, reduzindo a disponibilidade na primeira quinzena deste mês. Porém, a estratégia não se sustentou, devido à elevada oferta nacional, o que fez com que os valores voltassem a cair nos últimos dias.
Em Monte Alto e São José do Rio Pardo (SP), a média da cebola fechou em R$ 0,67/kg ao produtor neste mês – ficando, novamente, inferior ao custo de produção estimado (R$ 0,74/kg). Assim, a rentabilidade continua negativa, com preços insuficientes para cobrir todos os gastos. Este cenário é resultado de uma produção bastante favorável, devido ao clima positivo no decorrer da safra e ao aumento de área nas regiões em atividade. Nas praças do Cerrado – Triângulo Mineiro/Alto do Paranaíba (MG) e Cristalina (GO) –, por sua vez, a cebola teve média de R$ 21,87/sc de 20 kg do tipo 3 beneficiada.
A expectativa para setembro é de possível redução do volume, uma vez que o pico de oferta em São Paulo se concentra em agosto e que as regiões do Cerrado caminham para a finalização da colheita. Este cenário pode contribuir para uma melhora nas cotações, mas, por outro lado, as cebolas que estão sendo estocadas para comercialização futura podem dificultar uma retomada do mercado.
Fonte: hfbrasil.org.br