Piracicaba, 27 – Durante esta safra (2023/24), no mês de novembro, produtores nordestinos de cebola vêm sofrendo com as altas temperaturas que atingem as praças de Irecê (BA), Vale do São Francisco (PE/BA), Baraúna (RN).
A primeira preocupação é devido ao aumento de pragas, como a alta taxa de infestação de tripes. Já a segunda atenção se deve ao fato de os bulbos nordestinos estarem apresentando calibre inferior ao desejado, não se encaixando no “tipo 3”, padrão este que possui maior valor de mercado. Por último, e também importante, é o receio de falta de água, com a ausência de chuvas no Nordeste.
A situação é ainda mais alarmante no Sul do País, provocada por eventos climáticos como ciclones e altos índices de pluviosidade. Em Ituporanga (SC), produtores ficaram impedidos de realizar qualquer manejo nas roças durante uma semana (13 a 17/11); posteriormente, quando a colheita foi possível, a comercialização se mostrou lenta, já que a qualidade das cebolas foi inferior, e o tempo de cura aumentou devido à alta umidade. A situação em Guarapuava e Irati (PR) não é muito diferente: apesar de conseguirem colher e comercializar um maior volume de cebolas em comparação com SC, a qualidade está bastante defasada, sendo impactada por podridão e bacterioses.
Fonte: hfbrasil.org.br