Piracicaba, 28 – Neste mês de julho, as cotações da cebola têm seguido o movimento de queda registrado em junho, não sendo suficientes para pagar o custo de produção. De acordo com colaboradores do Hortifruti/Cepea, este cenário é reflexo do alto volume nacional da mercadoria, que se elevou ainda mais após o início da colheita em São Paulo.
No Cerrado, nas regiões produtoras do Triângulo Mineiro (MG) e Cristalina (GO), as boas condições climáticas favoreceram a qualidade e a produtividade, contribuindo para a elevação da oferta e, consequentemente, desvalorização do bulbo. Além disso, as vendas do Nordeste têm sido dificultadas pela produção de cebolas miúdas e com baixo calibre – as quais são menos atrativas ao mercado consumidor.
Em São Paulo, nas regiões de Monte Alto e São José do Rio Pardo, a colheita foi iniciada em meados de julho e apresenta bons resultados, uma vez que a produção teve desenvolvimento positivo, favorecendo a qualidade dos bulbos. Em Divinolândia e Piedade, por sua vez, a safra está chegando ao fim. O frio intenso, registrado nos últimos dias, não chegou a impactar a cultura da cebola – mesmo nas áreas onde houve formação de geada, os danos não foram severos.
Vale ressaltar que este comportamento do mercado, além das condições favoráveis à produção, são reflexos do aumento na área plantada neste ano. A tendência, agora, é de intensificação da colheita paulista, o que pode continuar pressionando as cotações em todas as regiões em agosto.
Fonte: hfbrasil.org.br