Piracicaba, 18 – Cebolicultores catarinenses encerraram as comercializações da safra 19/20 nesta primeira quinzena de maio. De forma geral, a temporada foi marcada positivamente, tanto pela produtividade quanto pela elevada qualidade dos bulbos, já que o clima esteve favorável à produção. Apesar do preço mais próximo aos custos entre novembro/19 e janeiro/20, em Ituporanga (SC), as altas cotações registradas a partir de fevereiro possibilitaram o aumento da rentabilidade unitária (a R$ 0,67/kg) – sendo que, na primeira quinzena de maio, o valor atingiu o maior patamar do ano (a R$ 3,85/kg).
Após a completa saída do Sul do mercado, o Cerrado (MG e GO) iniciou suas primeiras comercializações para o atacado paulistano (Ceagesp). Entretanto, o volume ainda é reduzido e os bulbos apresentam baixa qualidade. Isso porque, além de "verdes", muitos foram contaminados por bico d'água – doença bacteriana que apodrece o miolo da hortaliça.
A permanência das elevadas cotações possibilitou a entrada da cebola europeia no País no início de maio, no atacado de São Paulo (SP). A qualidade, porém, também não é satisfatória, pois os bulbos holandeses foram estocados em câmara fria desde a safra passada.
Os vizinhos argentinos, por sua vez, continuam a exportar ao Brasil – embora a entrada de carretas diárias tenha diminuído. Isso é um reflexo de medidas mais restritivas diante da pandemia do novo coronavírus, impostas pelo governo argentino, quanto à aglomeração de funcionários nos setores de regulamentação e de liberação dos produtos exportados.
Fonte: hfbrasil.org.br