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Piracicaba, 16 – O clima afetou a produção da safra de verão de cenoura (desde dezembro/18), reduzindo a oferta nacional e valorizando a hortaliça. As temperaturas elevadas e chuvas em excesso – tanto no período de plantio e desenvolvimento, quanto na colheita das raízes – reduziram significativamente a produtividade da cultura em todas as praças acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea.
Como o semeio foi prejudicado em alguns períodos, os produtores prolongaram a safra de verão (para compensar as áreas que não foram plantadas) e semearam mais do que o habitual em abril. O motivo desta alteração no calendário é que o clima ainda não estava propício para iniciar o plantio das variedades de inverno. Sendo assim, o semeio para a temporada de inverno 2019 começou em março (período usual), mas com ritmo bastante lento e em menor proporção frente a anos anteriores.
Neste cenário, a oferta reduzida desde o início do ano garantiu boa rentabilidade ao produtor: a média nacional da caixa de 29 kg de "suja", na parcial da safra (dez – mai), é de R$ 34,00, valor 49,8% maior que o do mesmo período do ano anterior. Além disso, o percentual de descarte de cenoura esteve elevado desde o início do ano, devido à incidência de bifurcações, mela, nematoides e manchas nas raízes. Contudo, entre abril e maio, produtividade e qualidade começaram a dar sinais de melhora – mesmo assim, a oferta não se elevou expressivamente, o que manteve as cotações em alta, reduziu os custos e garantiu bons retornos ao produtor.
Fonte: hfbrasil.org.br
