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Piracicaba, 17 – Assim como observado durante todo o mês de janeiro, os preços da cenoura continuam em alta na parcial de fevereiro (até o dia 11). Nas regiões produtoras de São Gotardo (MG) e Cristalina (GO), a raiz foi comercializada a R$ 102,18/cx de 29 kg, maior valor nominal da série histórica do Hortifruti/Cepea – e bem acima da segunda maior cotação, de R$ 70,00/cx, em fevereiro de 2016.
Esse comportamento pode ser explicado pela baixa oferta nacional na safra de verão 2021/22. Além da redução já prevista na área plantada, as condições climáticas afetaram diretamente a produção.
Nas regiões produtoras de MG, GO e BA, o elevado índice pluviométrico impediu a entrada do maquinário nas lavouras, além de favorecer a incidência de doenças nas raízes, como “mela”, aumentando significativamente a porcentagem de descartes pós-colheita. Já na região de Caxias do Sul (RS), o problema foi justamente a falta de chuvas, o que impossibilitou a irrigação e dificultou o bom desenvolvimento das cenouras, deixando-as miúdas.
Diante disso, o volume nacional é escasso e não há oferta suficiente para abastecer toda a demanda. Os preços tendem a continuar em níveis altos, uma vez que a produção ainda deve sentir o impacto do clima nos próximos meses.
Fonte: hfbrasil.org.br
