Piracicaba, 23 - Em maio, os preços da cenoura continuam altos nos principais estados produtores de cenoura, como Minas Gerais, Goiás e Bahia, em decorrência do cenário de oferta nacional limitada. Ainda que as expectativas fossem de retomada da produtividade neste mês e, consequentemente, recuo de preços, esse cenário não se concretizou. Em decorrência do elevado volume de chuvas e o intenso calor no primeiro quadrimestre do ano principalmente entre março e abril, a produção teve um grande impacto tanto na semeadura quanto no desenvolvimento das raízes. A produtividade baixa e o calibre fora do ideal (longe do padrão “3A”), têm sido reflexo de toda essa questão climática, além de cenouras colhidas sem o completo ciclo em decorrência da demanda que precisa ser suprida. Atualmente, com o cenário climático mais favorável (seco e mais ameno), espera-se que a oferta e a qualidade de cenoura melhorem entre o final de junho e o início de julho, com o início da colheita de novas áreas.
No Rio Grande do Sul, a produção de cenoura tem sido gravemente afetada pela tragédia climática desde o final de abril. Mesmo que ainda não seja possível mensurar a dimensão das perdas, as fortes chuvas inundaram as lavouras, interrompendo as atividades do final da safra de verão e dos plantios da temporada de inverno. A lacuna de oferta deixada pela região produtora de Caxias do Sul (RS) deverá ser suprida pelas demais regiões produtoras nos próximos meses, o que pode segurar grandes quedas nos valores – que eram inicialmente esperadas em decorrência da expectativa que se tinha da normalização da oferta nacional.
Fonte: hfbrasil.org.br