Fortes chuvas atingiram o Sul e Sudeste do País nos últimos dias. O clima úmido acabou causando podridão em algumas lavouras paranaenses. Já em São Paulo, embora não tenham sido relatados problemas à produção de uva de mesa, as precipitações somadas ao clima frio enfraqueceram a vendas de hortifrutis no atacado de São Paulo (Ceagesp) e de Campinas (ceasa), resultando em queda nas cotações. Com isso, viticultores desses dois estados consultados pelo Hortifruti/Cepea demonstraram preocupações quanto à garantia da rentabilidade positiva na safra.
O motivo para o elevado volume de precipitações atípico ao mês de junho foi o encontro de uma massa de ar quente originada na região Norte com nuvens de chuva do oceano Atlântico no litoral Sudeste, que apresentava temperaturas acima da média em maio.
Pelo menos até o dia 17 de junho, não há previsão de mais chuvas nas regiões produtoras de uva em São Paulo e no Paraná, mas as temperaturas devem permanecer baixas. Até a próxima segunda-feira (13), a previsão é de que a massa de ar polar que já está sobre SP seja reforçada e as temperaturas despenquem ainda mais, podendo ficar abaixo de 10°C ao amanhecer, segundo a Climatempo.
Com isso, as próximas madrugadas serão geladas e vários recordes de frio neste ano poderão ser batidos, o que pode prejudicar ainda mais as vendas da uva. Os dias 12 e 13 de junho, especificamente, deverão ser os mais frios da semana, apresentando riscos de geada para as regiões sudoeste, sul e leste do estado de SP, o que pode afetar a colheita de niagara em Indaiatuba, Louveira e Porto Feliz.
Fonte: Hortifruti/Cepea