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A área de cebola do Sul do País teve um aumento de 14,4% na área de cultivo nesta safra frente à passada, segundo informações coletadas pelo Hortifruti/Cepea. Apesar disso, a oferta é baixa devido à forte quebra de safra e ao elevado descarte, em função das chuvas volumosas durante o desenvolvimento das plantas, bem como durante a formação e colheita dos bulbos. Com isso, a oferta deve ter significativa redução a partir de fevereiro e a expectativa é de aumento dos preços. As chuvas causaram problemas, sobretudo, com doenças como as bacterianas, camisa d’agua e podridão mole, além do aparecimento de fungos em algumas lavouras, como a raiz rosada. As doenças do pós-colheita tornam a mercadoria mais perecível, o que dificulta a manutenção da qualidade da cebola, limitando o tempo de estocagem. Esse cenário deve causar menor oferta e alta dos preços entre o meio e final da safra no Sul (fevereiro a abril). A produtividade média nas lavouras de Ituporanga (SC) foi estimada em 18,3 t/ha no período de outubro/novembro a janeiro, cerca de 30% menor frente ao potencial médio da região. Além das perdas no campo, os descartes estão estimados entre 20 a 30%. Devido à baixa produção de cebolas no Sul, os preços estiveram em patamares altos desde o início da safra sulista. De novembro a janeiro, a média em Ituporanga foi de R$ 1,66/kg ao produtor, o dobro da safra anterior no mesmo período, que teve média de R$ 0,80/kg.
Fonte: Hortifruti/Cepea
