Cepea, 26 – A safra de laranja 2025/26 apresenta um cenário mais promissor em São Paulo e no Triângulo Mineiro em relação ao ano anterior, com chuvas mais abundantes no final de 2024. Segundo agentes consultados pelo Cepea, nos pomares de sequeiro, as laranjas estão na fase de “bolinha de pingue-pongue”, embora haja falta de uniformidade no desenvolvimento. Já em pomares irrigados, especialmente ao norte e noroeste de São Paulo, frutas das variedades pera rio e precoces estão bem formadas, com cerca de 40 mm, graças à primeira florada volumosa registrada em julho e ao clima favorável após outubro. Frutas de floradas posteriores ainda estão em estágios iniciais.
Em Araraquara (SP), por exemplo, o volume de chuvas acumuladas entre a primeira semana de outubro até esta semana (06 a 10/01), de acordo com o Inmet, foi de quase 700 mm nos últimos, o que foi essencial para o desenvolvimento das frutas, superando em muito os 370 mm registrados no mesmo período da safra anterior. Apesar desse progresso, a produção final 2025/26 ainda é incerta e depende das condições climáticas no início de 2025 para garantir uma colheita de qualidade para o mercado de mesa e boa produção de suco.
No mercado, a laranja pera teve um preço médio de R$ 108,85/caixa de 40,8 kg nesta (6 a 10 de janeiro), um aumento de 3,23% em relação à semana anterior. Contudo, o ratio baixo da fruta (cerca de 8, considerado amargo) tem limitado a aceitação pela indústria, que prefere um ratio entre 14 e 16 para processamento de suco de laranja.
Por outro lado, os preços da lima ácida tahiti continuam caindo com o avanço da safra, atingindo R$ 24,00/caixa de 27,2 kg, uma retração de 5,96% em relação à semana anterior.