Piracicaba, 10 – Hoje, 10, o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) divulgou sua primeira estimativa referente à produção de laranja do estado de São Paulo e do Triângulo Mineiro para 2023/24. Segundo a entidade, o cinturão citrícola deve colher 309,34 milhões de caixas de 40,8 kg, recuo de 1,5% frente à temporada 2022/23.
As principais justificativas para a queda são as chuvas acima da média histórica, que apesar de boas para o vigor da laranjeira e para o crescimento do fruto, aumentaram a incidência de podridão floral; a bienalidade de produção negativa (com exceção da região norte); o florescimento menos expressivo em algumas variedades tardias (que tiveram a colheita atrasada); e a maior intensidade do greening, que deve ter alto impacto na taxa de queda de frutos.
É importante lembrar que este volume de colheita é considerado dentro da média dos últimos anos, mas ainda deve ser insuficiente para suprir a necessidade industrial, já que os estoques de suco de laranja devem fechar a temporada 2022/23 (em junho de 2023) em níveis bastante baixos – a CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos) havia estimado, em agosto do ano passado, que o volume armazenado não se recuperaria e fecharia estável, ao redor de 140 mil toneladas – número que pode ser ainda mais baixo, considerando que os estoques fecharam 2022 14,5% menores que o fechamento de 2021.
Este cenário, antes mesmo da divulgação dos números oficiais, já vinha motivando preços mais altos nas propostas das fábricas para a safra 2023/24, com máximas superando os R$ 40,00/cx de 40,8 kg, colhida e posta na indústria.
Aguarde a edição de maio da Revista Hortifruti Brasil, onde foram abordados os impactos do greening nos custos de produção!
Fonte: hfbrasil.org.br e Fundecitrus