Piracicaba, 10 – Após a seca severa que atingiu o Sudeste brasileiro neste segundo semestre de 2020, era consenso entre agentes do setor citrícola consultados pelo Hortifruti/Cepea de que haveria redução ainda mais acentuada na produtividade da safra 2020/21. E, dados divulgados pelo Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura), nesta quinta-feira (10), confirmam estes impactos.
Segundo o Fundo, a produção da atual temporada de laranja no cinturão citrícola (São Paulo e Triângulo Mineiro) deve recuar 30% frente à de 2019/20 e 6% em relação à estimativa anterior (de setembro), totalizando apenas 269,36 milhões de caixas de 40,8 kg. Esta seria a quebra de safra mais intensa da série histórica, iniciada em 1988/89.
Como esperado, a redução ocorre principalmente nas variedades pera (de 7% frente à estimativa de setembro e de 33% em relação à safra anterior), valência e folha murcha (respectivas quedas de 10% e de 25%), visto que são as frutas que estavam em fase de enchimento e colheita no período mais crítico da seca. A diminuição total só não foi mais acentuada porque as precoces já estavam com a colheita praticamente finalizada e parte das outras variedades está implantada em áreas com irrigação ou em fazendas da região sudoeste paulista, onde os impactos da seca foram menos severos.
Fonte: hfbrasil.org.br e Fundecitrus