Piracicaba, 28 – A oferta de cítricos no mercado de mesa paulista deve ser baixa em julho. No caso das laranjas, a menor disponibilidade vem sendo verificada desde meados do ano passado e está atrelada também à elevada absorção industrial, tendo em vista a grande necessidade de processadoras em adquirir a matéria-prima. De fato, colaboradores do Hortifrúti/Cepea comentam que, nesta temporada, até mesmo produtores tipicamente de frutas de mesa estão focando seus envios à indústria, que, por sua vez, está com preços atrativos e oferece algumas vantagens em relação ao mercado in natura, como a aquisição de maiores volumes por vez e o menor risco de inadimplência.
Como resultado, a média da laranja pera no mercado in natura no mês de junho foi de R$ 85,73 /cx de 40,8 kg, na árvore, elevação de 6,9% em comparação com maio. Já na indústria, o preço praticado para a pera e para as tardias fechou em R$ 76,09/cx de 40,8 kg, colhida, alta de 14,35% na mesma comparação.
A oferta de tangerina poncã, por sua vez, se reduziu durante o mês de junho, resultando em novo aumento de preços. A média de comercialização da poncã no mercado paulista durante o mês foi de R$ 67,26/cx de 27 kg, na árvore, avanço de 22,2% em relação a maio.
A oferta da lima ácida tahiti não foi elevada em junho, devido à falta de chuvas. Porém, a ausência de precipitações também está refletindo na qualidade, e em algumas semanas de junho, houve desvalorização da fruta por conta do pior padrão, o que refletiu na média do mês, apesar da baixa oferta. A lima ácida tahiti registrou valor de R$ 31,71/cx de 27 kg, colhida, leve queda de 2,8% frente a maio, mas valorização de 70% sobre junho do ano passado, em termos nominais.
Fonte: hfbrasil.org.br