Piracicaba, 20 – No mercado citrícola, a preocupação de produtores quanto ao avanço do coronavírus no Brasil se volta à paralisação das atividades escolares e à redução do horário de funcionamento de restaurantes, feiras e varejões – cenário que pode reduzir o consumo de cítricos. Embora a demanda ainda seja considerada positiva por parte dos colaboradores consultados pelo Hortifruti/Cepea (principalmente devido à necessidade de abastecimento da população e aos benefícios nutricionais das frutas), outros agentes já relatam certa lentidão no mercado.
Para a laranja, uma possível retração da demanda pode não impactar significativamente nos preços neste mês e no início de abril, tendo em vista que a colheita das precoces de 2020/21 deve se intensificar somente na segunda quinzena do próximo mês. No entanto, para a tahiti, cuja oferta segue elevada em São Paulo, a menor demanda interna pode pressionar as cotações.
Nesta semana (16 a 20/03), os preços das laranjas seguiram firmes, devido à constante redução da oferta em São Paulo, resultado da finalização da safra 2019/20. Assim, a pera foi comercializada à média de R$ 35,55/cx de 40,8 kg, na árvore, estável (+0,3%) frente à da semana anterior. No caso da lima ácida tahiti, a comercialização esteve positiva nos últimos dias e, no período, a média da variedade foi de R$ 11,03/cx de 27 kg, colhida, alta de 4,8% em relação à da semana passada.
Fonte: hfbrasil.org.br