Piracicaba, 05 – Com as recentes liberações da entrada de cítricos argentinos nos Estados Unidos e no Brasil, barradas desde 2001 e 2009, respectivamente, por questões fitossanitárias, cresce a preocupação do país sul-americano quanto ao volume de fruta produzido. Isso porque, em decorrência dos danos causados pelo clima – chuvas constantes em 2016 e 2017 – a produção citrícola da Argentina pode diminuir em pelo menos 10% em relação a 2016, conforme estimativa da Federação Argentina de Cítricos (Federcitrus).
Para 2017, a previsão é de que a produção de frutas cítricas atinja 2,6 milhões de toneladas, queda de 13% ante os quase 3 milhões do ano passado e de 26% em relação à média dos últimos dez anos (de 3,5 milhões de toneladas ao ano). Segundo notícia do jornal El Cronista, o presidente da Federação, José Carbonell, afirma que além dos fatores climáticos, outras questões têm impactado o setor, como a redução dos investimentos (reflexo de três anos de preços baixos do suco e das frutas frescas) e a perda gradual da competitividade no mercado internacional.
EXPORTAÇÕES – Ainda segundo o periódico, mesmo considerando esta redução, Carbonell avalia que a Argentina seria capaz de abastecer os novos mercados (Brasil e EUA), uma vez que poderia, por exemplo, reduzir o volume destinado ao processamento industrial. Para o Brasil, especificamente, produtores esperam se desenvolver no mercado de cítricos doces.
Segundo o portal Fresh Plaza, cerca de cinco mil toneladas de tangerinas e toranjas argentinas devem entrar no Brasil em uma primeira fase dos envios, enquanto nos EUA, a previsão de embarques é de cerca de 420 caixas de limões (neste caso, apenas como um volume simbólico, em comemoração à reabertura do mercado).
Fonte: Fresh Plaza e El Cronista