Se até meados de 2015 falava-se no poder de consumo da “nova classe média” brasileira, desde então, o discurso mudou de tom com o agravamento da crise econômica. Notícia divulgada pelo Valor Econômico em fevereiro considera a formação de uma nova classe baixa, composta por pessoas que, até então, estavam em um nível superior (em termos econômicos, claro) da pirâmide. A notícia comenta que, entre janeiro e novembro do ano passado, quase 4 milhões de pessoas da classe C foram “devolvidas” às classes D e E. Conjectura-se também que, caso o cenário continue se agravando, a Classe C, atualmente estimada em 54,6% da população, representará nos próximos anos menos de 50% dos brasileiros. Isso significa menor poder de compra e, consequentemente, menor consumo de frutas e hortaliças.