×
Maio 26, 2016
CRISE REDUZ O TAMANHO DA CITRICULTURA
Propriedades de regiões tradicionais e de pequeno porte são as mais atingidas por crise citrícola

Por Fernanda Geraldini Palmieri
Compartilhar
+ Mais opções
  • Facebook
  • Enviar por e-mail
  • Copiar url curta
  • Imprimir
  • Comunicar erros
CRISE REDUZ O TAMANHO DA CITRICULTURA Ver fotos

Até chegar no período atual, de “águas menos turbulentas”, muita coisa se passou na citricultura paulista. Muitos produtores saíram da cultura, enquanto outros tantos reduziram a participação da laranja nos seus investimentos. 

Gráfico 1: Número de propriedades citrícolas no primeiro semestre de 2012 versus segundo semestre de 2015

Fonte: Coordenadoria de Defesa Agropecuária


E esta evasão foi mais intensa nos produtores de menor escala, o que pode ser confirmado pelos dados da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA). O saldo negativo final da crise recente é que ela teve um maior impacto em propriedades de menor porte, localizadas nas regiões tradicionais citrícolas e, em especial, nas voltadas principalmente para a comercialização da fruta para a indústria. A concentração da produção, que já vinha acontecendo desde meados dos anos 2000, se intensificou nas últimas cinco temporadas. Apenas 1,5% das propriedades citrícolas no estado de São Paulo (com escala acima de 200 mil plantas) contam atualmente com 44% do total de número de árvores (CDA) e, provavelmente, mais da metade da produção de laranja no estado. 


Um outro fator bastante impactante no cenário da citricultura paulista é o aumento na incidência de HLB (greening). Segundo o Fundecitrus, em 2015, o HLB (greening) esteve mais presente nas áreas leste (Limeira e região) e central (Araraquara e arredores) paulistas. Essas são as regiões, de acordo com a CDA, em que se observam as maiores reduções nos números de árvores e de propriedades entre o primeiro semestre de 2012 e o segundo semestre de 2015. Por outro lado, a mais nova região citrícola do estado de São Paulo, a sudoeste, foi a que registrou o menor percentual de evasão da cultura. A região sudoeste paulista é também a que apresenta o menor índice de HLB (greening), segundo o Fundecitrus. 
No que diz respeito ao grupo de cultivares, também houve redução no número de árvores tipicamente industriais. Enquanto os cítricos exclusivos de mercado, como a lima ácida tahiti e as tangerinas, tiveram pequena redução no número de árvores, as precoces, principalmente a hamlin e a westin, foram as que registraram maior percentual de diminuição no número de plantas. Esse cenário confirma o desinteresse dos citricultores pelas variedades precoces que, apesar de mais produtivas, vêm tendo menor remuneração por parte das indústrias. 


Para ler a matéria completa, acesse o Especial Citros AQUI.

Fonte: Hortifruti/Cepea

A reprodução do nosso conteúdo só é permitida com a citação da hfbrasil.org.br como fonte. Para saber mais sobre nossa política de reprodução clique aqui

Tags
citros
crise
greening
laranja
preço
produtor