A influência do El Niño fica cada vez menos acentuada nos próximos meses, com tendência de atingir a neutralidade. Mas, ainda assim, a previsão do Centro de Estudos de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec/Inpe) para o trimestre maio, junho e julho ainda aponta algumas condições climáticas com características típicas do fenômeno em parte das regiões brasileiras.
No Nordeste, as chuvas devem ficar abaixo da normal climatológica no centro-norte e leste da região, com temperaturas acima da média histórica em toda a região. No Sudeste, a previsão não apontou predominância de probabilidade de chuvas abaixo, dentro ou acima da média. Já as temperaturas ficam acima da média histórica. Por fim, no Sul, há maior probabilidade de chuvas dentro da normal climatológica na maior parte da região (o que já não é típico do El Niño), com temperaturas também dentro da média.
E o La Niña, quando vem?
A neutralidade de fenômenos “eno”, porém, não deve durar muito tempo. A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, da sigla em inglês) atribuiu probabilidade de 70% para o desenvolvimento da condição de La Niña ainda no segundo semestre de 2016. Como o El Niño atingiu forte intensidade, a previsão é de que, dado o elevado aquecimento das águas superficiais do oceano pacífico, haja transição lenta e gradual para o resfriamento que caracteriza o La Niña, com este evento podendo se intensificar apenas no final da primavera (dezembro) deste ano. Historicamente, o La Niña concentra as chuvas no Nordeste, deixando o Sul com forte estiagem.
Fonte: Hortifruti Brasil