Piracicaba, 12 – O HLB (greening) vem causando sérios danos aos pomares de citros, e a citricultura paulista enfrenta um desafio sem precedentes, que é o manejo dessa doença devastadora e transmitida por um inseto, o psilídeo.
A doença traz danos tanto produtivos quanto econômicos, pois causa queda na produção de frutas e também impactos no custo de produção – segundo o levantamento do Cepea, o manejo do HLB (greening) já representa pelo menos 15% do custo operacional da produção de laranja. Ao se multiplicar pela área total do cinturão citrícola, podemos estimar que quase dois bilhões de reais estariam sendo gastos em manejo do HLB.
Já quanto às perdas produtivas (devido à queda de frutas e ao impacto negativo da doença na produtividade), o Fundecitrus (Fundo de Defesa da Citricultura) estima que possam totalizar cerca de R$ 300 milhões por ano, sem contar com os gastos investidos em pesquisas relacionadas à doença, que sobrecarregam o setor e limitam investimentos em outras áreas importantes.
Neste sentido, é fundamental que todos os agentes do setor unam esforços para atenuar os impactos do HLB. Medidas preventivas e investimentos em pesquisas/tecnologias são meios para tentar encontrar uma solução.
A busca por soluções inovadoras é crucial para garantir a saúde dos pomares e a competitividade da citricultura brasileira. O HLB é um desafio complexo, mas com ações conjuntas podemos manter a sustentabilidade econômica do setor citrícola. O futuro da citricultura depende de todos nós.
Gilberto Tozatti é Engenheiro Agrônomo e consultor do Gconci (Grupo de Consultores em Citros).