Para 2016, a perspectiva do Hortifruti/Cepea é de queda dos preços em dólar para as frutas comercializadas no mercado internacional e, assim, possível queda na receita total em moeda norte-americana. No entanto, a receita em Reais deve se manter atrativa em detrimento ao mercado doméstico, sendo que o volume enviado pode crescer.
Para o limão, a aposta é de aumento no volume e recuo na receita em dólar neste ano.
Para banana e mamão, a aposta é de manutenção nos embarques em receita, mas também de aumento no volume enviado nesta temporada.
Os embarques de melão e uva, por sua vez, podem aumentar. O que irá determinar essa alta, no entanto, são as condições climáticas durante o 2º semestre de 2016. Os reservatórios de água no Nordeste estão se recuperando, mas se a previsão de La Niña se confirmar para o período, o excesso de umidade pode limitar a qualidade das frutas, pressionando os envios.
Para maçã, exportadores pretendem enviar mais ao mercado externo, mesmo com pouca oferta de maçãs mais graúdas.
Para manga, os embarques já foram elevados em 2014 e 2015, devendo manter o mesmo ritmo dos anos anteriores para 2016. O clima é o fator determinante para que o País tenha fruta com volume e qualidade exigida pelo comprador externo, influenciando diretamente no volume disponível para exportação.
No caso da melancia, em 2015, os embarques foram recordes. Consequentemente, ampliou a oferta internacional, pressionando as cotações. Assim, é esperado um ajuste da oferta que será exportada em 2016.
Mas, no geral, as exportações de frutas devem continuar superando as compras de frutas frescas, que também podem recuar em 2016, de acordo com previsões feitas pelo Hortifruti/Cepea. Para pera e maçã, as duas frutas mais importadas, problemas na safra da Argentina (grande fornecedor) podem limitar as compras.