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Tomate
Junho 27, 2024
HORTALIÇAS/CEPEA: Custos voltam a registrar alta
Confira os fundamentos da alta por cultura e região

Por Hortifruti Brasil
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HORTALIÇAS/CEPEA: Custos voltam a registrar alta Ver fotos

Piracicaba, 27 – Após a desaceleração observada entre o segundo semestre de 2022 e o primeiro semestre de 2023, os valores dos custos totais de produção voltaram a ter avanços desde a segunda metade do ano passado. Confira a seguir os fundamentos dessa alta por cultura e região:

  • TOMATE/Mogi Guaçu (SP): Importante região paulista produtora de tomate de mesa envarado no inverno, os valores consolidados para os custos de produção em 2023 ficaram 7,5% acima do previsto no ano anterior. Isso aconteceu sobretudo por conta do uso mais intenso de defensivos agrícolas, devido à elevada incidência de bactérias, e também do fato de que, ao longo da safra, alguns itens passaram a se valorizar. Em 2024, os destaques são a elevação nos gastos com a irrigação, em decorrência do baixo volume de chuva, e com a mão de obra, que resultaram em aumentos das despesas acima da inflação.
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  • TOMATE/Caçador (SC): A expectativa inicial era de queda nos custos de produção na temporada 2023/24 (ao menos por hectare), tendo em vista que o desenvolvimento da cultura coincidiu com um período de queda nos preços de muitos insumos, como os fertilizantes. No entanto, atentos à possibilidade de preços elevados de negociação em um cenário de compra de fertilizante a valor mais baixo, produtores de maior escala elevaram os investimentos por hectare. A pequena escala de produção também investiu mais em fertilizantes, mas proporcionalmente menos do que o produtor de maior escala, o que fez esse grupo ter uma economia média por hectare em 2023/24 frente ao ano anterior. Outra razão do aumento nos custos foi o significativo avanço das despesas com os defensivos agrícolas, devido à necessidade de um tratamento bem mais intensivo para combater as doenças – na safra passada, o clima mais seco favoreceu muito a sanidade das lavouras. Despesas com mudas, por conta do expressivo aumento com a enxertia, reforçou o aumento nos gastos na praça catarinense, uma vez que o custo com uma muda enxertada é substancialmente mais elevado que o do pé-franco. Estima-se que produtores de grande escala na região passaram de uma adoção de apenas 20% de mudas enxertadas na safra 2022/23 para 80% em 2023/24, com custo de R$ 2,30 por muda enxertada em 2024, enquanto que, para o pé-franco, o gasto foi de R$ 0,70/muda. Já para a pequena escala, a estimativa foi de um salto na adoção da tecnologia, de 30% na temporada passada para 70% na atual, com um custo estimado em R$ 2,57/muda enxertada, contra R$ 0,75/muda pé-franco.
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  • CEBOLA/Lebon Régis (SC): A cebolicultura na praça catarinense registrou redução nos custos por hectare cultivado. Produtores mantiveram os mesmos investimentos com fertilizantes, e, com isso, a região teve uma expressiva queda de 30% nos gastos com o insumo entre uma temporada e outra. No entanto, os tratamentos fitossanitários mais intensos foram inevitáveis – tendo em vista o clima excessivamente chuvoso –, o que resultou em aumento de 45,5% nas despesas com defensivos entre uma safra e outra. É importante ressaltar que, para quaisquer dos modelos de produção avaliados neste estudo (e não apenas para a cebola ou para o Sul), notou-se algum reajuste nos valores de compra dos defensivos, mas os aumentos significativos dos gastos são atribuídos à necessidade do seu uso mais intenso. As quedas nas despesas com irrigação (devido ao excesso de chuva), com operações mecânicas (diante da desvalorização do diesel), com a aquisição de equipamentos (que ficaram mais baratos, e, com isso, os custos com depreciação reduziram) e com a mão de obra e impostos (colheita e impostos estão vinculados à produção e, como a produtividade foi bem abaixo do ano anterior, houve redução dos custos) foram os demais fatores que proporcionaram a queda de 4,1% nos Custos Totais por hectare em Lebon Régis.
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Acesse a matéria completa na revista Hortifruti Brasil de junho.

Fonte: hfbrasil.org.br

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