Piracicaba, 23 – Quando o cliente observa que o preço pago ao produtor por aquele mesmo produto que ele está comprando no varejo é bem menor, logo surge uma questão: “será que se eu mesmo adquirisse estes produtos diretamente na roça seria mais vantajoso do que comprá-los no supermercado?”.
Se a avaliação é somente preço e não outros quesitos importantes da relação direta produtor - consumidor (frescor, qualidade, denominação de origem do produto etc.), isso pode ser muito mais um mito do que uma real constatação, segundo a matéria de capa da Revista Hortifruti Brasil, de agosto.
Há uma série de custos envolvidos em toda a transmissão do HF até as mesas das famílias. Toma-se como exemplo uma família que vive na grande São Paulo. Ela precisaria se deslocar até as lavouras para adquirir as frutas, as verduras e os legumes necessários para a sua alimentação. Assim, provavelmente, teria que sair da cidade e ir até, pelo menos, dois lugares diferentes, já que um só local geralmente não consegue suprir toda a cesta de hortifrútis do consumidor.
De uma forma bastante simplificada, esse exemplo mostra que, na economia moderna, o consumidor geralmente não tem condições de "ir atrás" dos alimentos por conta própria. Existe a necessidade de outras etapas na comercialização tradicional (produtores – intermediários – atacados – varejos) para que o consumidor tenha acesso ao produto, uma vez que a produção e o consumo estão separados no espaço e no tempo.
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Fonte: hfbrasil.org.br