Piracicaba, 04 – A última constatação dos cinco mitos (ou verdades) a respeito da comercialização de HF's na edição de agosto é, de modo geral, um fato. O preço recebido pelo produtor equivale à menor parcela do valor final comercializado pelo varejo. Para obter este resultado, a revista Hortifruti Brasil comparou a participação do preço do produtor com a do valor final do varejo.
No geral, mesmo para produtos padronizados e embalados, a parcela do segmento produtivo de FLV’s das culturas pesquisadas nesta edição não ultrapassa os 50%. O restante desse percentual é compartilhado com os agentes de comercialização da cadeia. Esse comportamento é comum em praticamente qualquer perfil da cadeia, não só do setor hortifrutícola.
A matéria-prima participa, hoje, com um baixo percentual quando se compara com toda a cadeia de valor gerada no processo de comercialização. Um dos fatores que influencia nesta questão é o chamado "Custo Brasil": o País é muito competitivo no campo, mas pouco na industrialização e logística, por conta dos altos custos e da baixa produtividade. Em parte, isso também afeta o setor de frutas e hortaliças frescas.
O transporte, de modo geral, apresenta custos muito elevados e aquém das necessidades – principalmente porque a logística predominante é, ainda, sem a cadeia do frio. No entanto, a participação do produtor no preço final ao consumidor é variável ao longo do ano, devido à sazonalidade de produção. Ela sobe quando há falta de produto e se reduz quando há excesso de oferta. Além disso, quando o produto já é beneficiado, por exemplo, a participação do produtor no preço final se eleva.
Confira este e outros 4 mitos (ou verdades) analisados na edição de agosto, clicando aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br