Piracicaba, 19 – O acordo entre o Mercosul e a União Europeia, anunciado no final de junho deste ano, tende a ter grande impacto sobre o setor de frutas brasileiro. Caso consolidado, essa aliança bilateral zera e/ou reduz as atuais tarifas sobre as exportações e importação de frutas realizadas entre o Brasil e a União Europeia.
Do lado das exportações, o acordo tende a ampliar a competitividade nacional, já que a União Europeia é destino de 80% das frutas frescas que saem do Brasil – envios estes que, hoje, vale lembrar, são desfavorecidos, justamente por competir com frutas de outros países isentos de tarifas.
Por outro lado, as importações de frutas, além de hortaliças in natura e industrializados produzidos no bloco europeu, também seriam facilitadas, contexto que, em alguns casos, poderia prejudicar produtores brasileiros.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os dois blocos tentam firmar acordo desde 1999, mas as negociações foram interrompidas em 2004 e retomadas apenas em 2010. A União Europeia e o Mercosul, juntos, somam mais de 700 milhões de pessoas e o acordo, quando consolidado, resultaria em uma das maiores áreas de livre comércio do mundo. Ressalta-se que o acordo comercial ainda precisa ser ratificado pelos parlamentos dos países membros de ambos os blocos, processo que pode se estender pelos próximos dois anos.
Este assunto foi explorado na edição de novembro da revista Hortifruti Brasil, destacando-se os principais impactos (positivos e negativos) desta aliança ao setor de frutas, incluindo as processadas. Para conferir o conteúdo completo, clique aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br