Piracicaba, 29 – Neste cenário de pandemia, o comportamento de consumo do brasileiro tem se mostrado diferente entre as camadas da população, variando conforme a intensidade de impactos sobre a renda. Segundo pesquisa da Nielsen, famílias que tiveram a renda reduzida em função da pandemia cortaram despesas e priorizaram descontos e gastos essenciais, enquanto as menos prejudicadas buscaram reproduzir a experiência "fora de casa" na alimentação no lar e se permitiram mais indulgências.
Porém, uma importante mudança no consumo em 2020 foi o auxílio emergencial, que impulsionou as compras das famílias de menor poder aquisitivo. Conforme o estudo Consumer Insights, da Kantar, o incremento na renda elevou o volume de itens nas cestas de compras dos brasileiros e deu acesso a categorias de produtos de maior valor agregado, além de impulsionar as vendas de alimentos perecíveis (como as frutas e hortaliças) – tendo o gasto médio com estes produtos crescido 16% para os que receberam o benefício e 13% para os que não receberam.
Ainda, considerando-se todas as faixas de renda no País, o consumo dentro dos domicílios cresceu 4% em relação a 2019. Quando analisadas apenas as classes D e E, das quais o auxílio foi pago a 72% de seus membros, o aumento no consumo foi de 8% no ano passado.
Estes dados fazem parte da edição de abril da revista Hortifruti Brasil, que traz um balanço sobre 1 ano de pandemia e os impactos no setor de frutas e hortaliças. Para conferir o conteúdo completo, clique aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br