Piracicaba, 8 – Se nas Olimpíadas de Paris de 2024 o Brasil e o Chile são adversários, em termos comerciais, estão abertos para ampliar as relações entre os países. Pelo menos é o que mostram os 19 novos acordos bilaterais assinados por representantes das duas nacionalidades, aprovados no último dia 5 de agosto no Fórum Empresarial Chile-Brasil, promovido pela ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), em Santiago, na capital chilena, que contou com a presença dos presidentes de ambos os países – Luís Inácio Lula da Silva e Gabriel Boric.
Além de favorecer o turismo entre ambos, foi discutida a importância de estreitar laços em diversas áreas, como a agricultura, energia, tecnologia e sustentabilidade. Na agricultura, especificamente, o destaque é a abertura de novos mercados agropecuários brasileiros, como o abacate, além de importar o melão pelo-de-sapo chileno. No encontro, também foi assinado um Memorando de Entendimento (MOU) para cooperação técnica em agricultura foi assinado entre o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil, Mapa, e o Ministério da Agricultura do Chile, Minagri. Segundo o Mapa, “o acordo tem o objeto principal de fomentar o desenvolvimento dos sistemas agropecuários por meio da implementação conjunta de programas, projetos e eventos nas diferentes áreas de interesse comum”, como o ZARC (Zoneamento Agrícola de Risco Climático) e o plano ABC+ (Agricultura de Baixo Carbono).
Com os acordos firmados, a tendência é aumentar ainda mais o comércio entre ambos os países. Conforme levantamento do Poder360, o Brasil vende anualmente ao Chile cerca de US$ 1,5 bilhão em mercadorias agrícolas, enquanto o Chile vende US$ 1,4 bilhão ao nosso País, o que sinaliza uma relação comercial “muito equilibrada”, segundo o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Fresh Plaza, Carta Capital e Poder360