Piracicaba, 1° – Como destacado na edição de agosto da revista Hortifruti Brasil, o aumento do consumo de alimentos no lar é a principal mudança adotada pelo brasileiro na quarentena – contexto que alavancou as vendas no varejo. Ainda assim, o consumidor também busca por refeições rápidas e práticas, apostando nos deliveries de alimentos prontos e do varejo. Confira, em detalhes, como a pandemia alterou os hábitos dos brasileiros:
SUPERMERCADOS CONCENTRAM COMPRA DE ALIMENTOS NO BR – Supermercados/hipermercados ganharam mais espaço como canais de compras de alimentos, devido, em partes, ao aumento de refeições preparadas em casa. Vale lembrar que esses locais oferecem ao consumidor maior portfólio de itens, facilitando as compras. No geral, antes da pandemia, os supermercados (independentemente da escala) representavam pouco mais de 50% das compras, com varejões, sacolões, feiras livres e venda direta (produtor para o consumidor) sendo os demais pontos de venda. Já durante o isolamento, dados da Nielsen apontam aumento nas vendas de frutas e hortaliças no varejo tradicional, principalmente em supermercados e atacarejos.
POUCO CONSUMO FORA DE CASA – Com restrições dos restaurantes e fechamento das escolas, o consumo de HF's nestes estabelecimentos caiu significativamente. No caso dos serviços de alimentação, somente sistemas de retirada e/ou de delivery estavam autorizados em vários estados até meados de julho (com retomada do atendimento presencial no fim do mês em algumas localidades). Assim, os HF's que são escoados principalmente por meio destes segmentos foram prejudicados, mas ainda não se sabe se essa redução foi compensada pelo aumento das refeições em casa. Além disso, o baixo volume de venda nos restaurantes faz com que proprietários não se arrisquem em elaborar pratos com perecíveis in natura (já que são menos estocáveis), substituindo esses alimentos por congelados, por exemplo.
MAIS REFEIÇÕES EM CASA – Com o fechamento de restaurantes e pessoas permanecendo mais tempo em casa e preocupadas com a segurança do alimento, o preparo de refeições dentro do lar ganhou espaço e favoreceu o comércio de HF nos supermercados. Pesquisas apontam que, mesmo com a reabertura de alguns restaurantes desde julho, o brasileiro ainda deve realizar suas refeições principalmente em casa.
PRODUTOS FRESCOS GANHAM ESPAÇO NO SEGMENTO ON-LINE – O isolamento social aumentou a frequência de compras on-line, devido à maior comodidade, à facilidade de pagamento e à sensação de segurança. E os supermercados têm se adaptado para atender a esta demanda crescente, oferecendo entrega ou retirada dos produtos. Contudo, as vendas de produtos industrializados e "padronizados" são mais fáceis em relação às de alimentos perecíveis. Neste sentido, algumas redes de varejo mais especializadas no segmento HF's têm se diferenciado e investido no comércio on-line, mas com atendimento personalizado.
PRATICIDADE CONTINUA IMPORTANTE NA PANDEMIA – Mesmo passando mais tempo em casa, consumidores optam por menus mais simples. Segundo a Kantar, os sanduíches são a principal opção para 34% dos entrevistados. E, muitas vezes, os HF's saem perdendo, já que não fazem parte da composição dessas refeições. Nesse sentido, é importante que o setor reforce ao consumidor que as frutas são ótimas opções para os lanches rápidos, já que não têm grande necessidade de manipulação e preparo. Os HF's prontos para o consumo também podem ser uma ótima oportunidade para aproveitar o aumento do preparo das refeições no lar.
ALIMENTAÇÃO INDULGENTE COMO FORMA DE "CONSOLO" – O prolongamento da quarentena no Brasil tem aumentado a busca por alimentos que trazem prazer, e a preocupação com uma alimentação saudável perdeu espaço após quatro meses de isolamento social. Isso porque o momento atual é tão cheio de privações que a alimentação se torna uma "recompensa" ou até mesmo um "consolo". E este comportamento é prejudicial ao setor de HF's.
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Fonte: hfbrasil.org.br