Piracicaba, 06 – O Brasil é o 11º produtor de maçã mundial no ranking de 2014 (último dado disponível), de acordo com a FAO. Do volume cultivado pelas maiores regiões produtoras (em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul), menos de 10% é destinado ao mercado internacional, e, da quantidade enviada, 71% foram apenas para a União Europeia, na média de 2012 a 2016, segundo a Secex.
Normalmente, a Europa importa maçã de fornecedores de fora do bloco apenas durante a entressafra dos principais produtores – Polônia, Itália e França –, que ocorre no primeiro semestre. Nos últimos anos, a produção do bloco europeu oscila por volta de 10 milhões de toneladas, sendo que a média dos últimos cinco foi de 11,5 milhões (dados da Wapa).
Por mais que a produção não tenha aumentado muito, as compras de maçã (todas as variedades) de fora da UE vêm se reduzindo – em cinco anos (2011-2016), a queda foi de 8,2%; e em 10 anos (entre 2006 e 2016), a UE comprou 33% menos fruta.
Além da redução, nos últimos anos, o Brasil perdeu participação no total das importações de maçãs realizadas pela UE, mas manteve a quinta posição de maior fornecedor ao bloco. Por outro lado, produtores brasileiros estão tentando diversificar as exportações e depender menos das compras da União Europeia. Assim, a abertura do mercado indiano (que ocorreu em 2017) pode ser uma solução para aumentar as exportações de maçãs brasileiras.
Os fortes concorrentes do Brasil nas exportações à União Europeia são os países da América do Sul – Chile e Argentina – além da Nova Zelândia e África do Sul.
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Fonte: hfbrasil.org.br, Secex, FAO e Wapa