Piracicaba, 27 – O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de lima ácida tahiti e o maior exportador da fruta à União Europeia. No País, a produção está em ascensão: de 2011 para 2016, o volume de limões e limas produzido se elevou em 12%, totalizando 1,26 milhão de toneladas, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Os embarques da fruta geraram a terceira maior receita do setor em 2016, atrás apenas de manga e melão, e tudo indica que este mercado pode continuar em crescimento. O estado de São Paulo segue como o principal produtor e exportador, seguido por Bahia e Minas Gerais. Apesar de também destinada à industrialização, a tahiti é cultivada para atender, principalmente, o mercado de frutas frescas, tanto nacional quanto externo – este último responde por menos de 10% do total produzido no País.
Na Europa, a fruta está se tornando cada vez mais popular, tanto como tempero de alimentos quanto como ingrediente de bebidas. No verão local, a demanda é ainda mais firme, e há tendência de crescimento deste mercado no continente, segundo relatório de limas do CBI, de novembro de 2016.
Ainda assim, há desafios no fornecimento da fruta, como oscilações de qualidade e de preços (principalmente quando o mercado fica saturado pelos envios simultâneos das safras mexicana e brasileira). As características climáticas de ambos os países (tropicais) favorecem o desenvolvimento da fruta. Juntos, estes dois países correspondem a 93% das importações europeias.
Contudo, apesar do forte aumento dos envios brasileiros à UE, o País tem perdido participação no mercado internacional. Embora ainda em primeiro lugar no ranking, a representatividade dos envios da tahiti brasileira se reduziu em 10 anos (de 2006 a 2016), de 74% para 57% do total importado, enquanto a da fruta mexicana aumentou de 19% para 36%.
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Fonte: hfbrasil.org.br, IBGE, CBI e Secex