Piracicaba, 30 – Ao se avaliar os hábitos de consumo do brasileiro pela POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), do IBGE, foi verificado que, em 10 anos (POF 2008-2009 versus POF 2017-2018), os alimentos in natura, minimamente processados e até mesmo os ingredientes culinários perderam espaço para os ultraprocessados – o que pode explicar, em parte, a queda no consumo de frutas e hortaliças no Brasil.
Mesmo com a crescente preocupação da população com a alimentação saudável, o aumento dos alimentos ultraprocessados é um indicativo que a praticidade ainda pesa na decisão de compra. A falta de tempo para o preparo dos alimentos pode resultar em diminuição do consumo de produtos mais frescos, como as frutas e hortaliças, com maior preferência pelas refeições já prontas e industrializadas.
No entanto, a queda da atividade econômica no País, a partir de meados de 2014 até 2016, interrompeu algumas dessas tendências, como a de crescimento do gasto com alimentação fora do domicílio. De forma geral, a alimentação fora de casa pouco se alterou em 10 anos, avançando apenas 2% entre 2008 e 2018.
Diante do cenário econômico, a renda ainda é um dos maiores fatores de impacto no consumo de hortifrútis. Tanto em 2008-2009 quanto em 2017-2018, quanto maior o rendimento familiar, maior é o consumo em quilo per capita.
Estes e outros dados fazem parte da análise publicada na edição de março da revista Hortifruti Brasil, sobre o quanto a renda, a pandemia e os novos hábitos alteram o consumo de HFs no País. Confira o conteúdo completo, clicando aqui.
Fonte: hfbrasil.org.br e IBGE