Piracicaba, 16 – A presença da mão de obra feminina no campo sempre existiu, mas era pouco reconhecida como diferencial de força de trabalho e liderança. Especialmente na agricultura familiar, a mulher era considerada como "ajudante" da família nas atividades do campo.
Ainda que aos poucos, essa percepção tem mudado nas últimas décadas na área rural, com a mão de obra feminina passando a ter mais destaque e maior presença em cargos de liderança. O Censo Agropecuário de 2017, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mostra que o número de estabelecimentos agrícolas administrados por mulheres cresceu 38% nos últimos 12 anos, mas ainda é predominantemente masculino, tanto em cargos de liderança quanto mão de obra.
O setor hortifrutícola, no entanto, tem apresentado números positivos frente ao demais: é o primeiro tanto em líderes rurais quanto em ocupação da mão de obra feminina. Por isso, a Hortifruti Brasil, que já chamou a atenção para esse tema em 2008 – quando a edição de fevereiro evidenciou os desafios e conquistas da mulher no campo –, volta para avaliar a atual participação feminina na liderança e na força de trabalho na hortifruticultura, recorrendo ao Censo Agropecuário de 2017, à Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua de 2019, ambos do IBGE, e a entrevistas com mulheres de diferentes funções no setor hortifrutícola.
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Fonte: hfbrasil.org.br